Yoga para Gestantes – Pré e Pós-parto: Adaptações e Orientações Para a Prática
Aqui daremos alterações sugeridas para a sua prática de Yoga!
- Evite alongamentos intensos e permanências muito longa por conta da frouxidão ligamentar fisiológica da gestação (ação dos hormônios relaxina e estrogênio, entre outras alterações musculoesqueléticas que aumentam o risco de lesões)
- Faça ⅓ a menos do máximo da sua prática
- Evite retroflexões intensas (ex: postura da cobra, camelo) por conta do aumento da pressão intra-abdominal e da diástase
- Evite torções intensas, por conta do aumento da pressão intra-abdominal e da diástase
- Evite invertidas sobre a cabeça, por conta do aumento da pressão intra-abdominal e da diástase, sobrecarga na cervical e risco de queda
- Não realize posturas de decúbito dorsal
- Não realize retenção de ar, para manter uma boa oxigenação materna e fetal
- Posturas em pé (Tadasana, postura da montanha, entre outras): prefira praticar com os pés na largura do quadril, evitando pés e pernas juntos, para um melhor equilíbrio
- Posturas de equilíbrio: tenha sempre uma parede por perto para se apoiar, pois o equilíbrio muda muito na gestação e o apoio evita quedas
- Soltar o ar ao fazer força (para elevar o corpo ou o quadril, por exemplo)
- Deite-se de lado após 22 semanas se for fazer permanência longa (relaxamento final/savasana principalmente)
- Use uma almofada embaixo do quadril para evitar a compressão da veia cava, nas posturas em que ficar de barriga para cima
Cuidados com alguns sintomas:
- Pressão baixa: caso sinta uma queda de pressão, deite-se até se sentir melhor. Ao subir e descer, fazer a transição com calma e de olhos abertos.
- Pressão alta, glaucoma: Não realizar posturas nas quais a cabeça fique mais baixa que o quadril (posturas de inversão) e não elevar braços e pernas acima do coração.
- Dor na sínfise púbica: evitar as posturas que afastam as pernas, observar sua postura e movimentação no dia a dia (ao entrar no carro ou deitar na cama, por exemplo, sente-se e traga as duas pernas juntas, com joelhos próximos).
- Hemorroidas/varizes pélvicas: não realizar posturas de cócoras ou similares que tragam pressão para a região.
- Bebê pélvico após 34 semanas: não realizar posturas que ajudem a encaixar o bebê, como cócoras e rebolar na bola ou em pé
Sinais de alerta para interromper a prática (ACOG, 2020):
- Sangramento vaginal
- Dor abdominal
- Contrações dolorosas regulares
- Perda de líquido amniótico
- Dispneia antes do esforço
- Tontura
- Dor de cabeça
- Dor no peito
- Fraqueza muscular que afete o equilíbrio
- Dor ou inchaço na panturrilha
Outros sinais de alerta para interromper o exercício durante a gravidez:
- Febre
- Vomitar muitas vezes em um período de 1 hora
- Visão turva, desfocada
- Enxaqueca persistente
- Atividade fetal reduzida
- Inchaço súbito
- Ardor frequente ao urinar
- Qualquer tipo de dor súbita
- Anormalidade do ritmo cardíaco
- Falta de ar (dispneia) que não seja associada ao exercício